Abril já chegou e a época de festivais vê-se mais próxima de começar. Moita Metal Fest é a melhor hipótese para um arranque madrugador e em grande forma. Todo o recinto parece estar a ganhar forma, mas o cartaz já está lançado há semanas e não há desculpa para falhar o que está para vir. Sendo este um festival que zela pela divulgação em grande plano das bandas nacionais, não é de estranhar ver tantos grupos portugueses no cartaz, mas sem dúvida que a qualidade de cada um será mais do que suficiente para receber a multidão e brindar esta reunião de forças.
No primeiro dia, sexta-feira, Dream Pawn Shop, vindos de Leiria, estarão encarregues de inaugurar as festividades para o fim-de-semana. Logo de seguida, a coisa fica mais séria com os Irae a espalhar o terror do black metal para as horas noturnas, juntamente com os veteranos do brutal death, Grog, a olear a máquina do festival. Ainda está para vir uma festa com o folk metal dos Gwydion, mas a noite acaba de acelerador no fundo com dois nomes de grande referência internacional. Os teutónicos do thrash Destruction e Enforcer e o seu speed metal arrasador.
No sábado, dia 6, a jornada alonga-se muito mais e o número de opções para ver aumenta exponencialmente. Nada como passar um dia inteiro em torno de um palco, com as barracas, o convívio e a bebida a contribuírem tanto para a aura do festival como a música. O arranque de sábado dá-se depois do almoço, e que dia que será! A começar pelo tridente no arranque, estará o melodeath dos Moonshade, do Porto, o thrash dos alentejanos Mindtaker e o death/thrash dos Infraktor, oriundos de Santa Maria da Feira. Com uma variedade de estilos tão abrangente no cartaz, não é de estranhar ver The Voynich Code, Diabolical Mental State e Artigo 21 a pavimentar o final de tarde na Moita com metalcore, crossover e punk. Felizmente, no Moita Metal Fest há um pouco de tudo para todos. Antes dos cabeças de cartaz, estarão três nomes portugueses que têm dado muito que falar nestes últimos tempos. Os jovens promissores Gaerea, a arruaça de crust/punk de Simbiose e o brutal death dos veteranos Holocausto Canibal.
O festival termina com quatro nomes de grande intensidade do estrangeiro, desde Dr. Living Dead, a No Fun At All aos muito reconhecidos Extreme Noise Terror e polacos Decapitated. Não há motivos para faltar. Seja pelo ambiente, pelo cartaz ou pelas caras familiares, não há nada a perder no Moita Metal Fest. Perdê-lo, é negligenciar tudo o que o festival defende. Ficar quietos? Nem pensar. Até lá!