Este ano de 2018 tem dado muito que falar. Nestes últimos meses, temos contado com retornos muito aguardados, estreias de luxo, cartazes de preencher a vista e muita atividade. Cada vez mais, equipas e produções querem revolucionar e desafiar o conceito da experiência num concerto e festival, sendo que lá fora o nível de exigência aumenta, bastante. Ao se questionar qual o evento de verão mais rentável para quem procura o perfeito equilíbrio entre quantidade e qualidade, as respostas são várias, mas entre os nomeados, o mítico Hellfest em França tem-se mantido constante na nossa lista destes últimos anos. Como tem sido hábito, faremos nestas próximas semanas, em forma de antecipação, uma breve aposta de nomes que mais prometem devastar o Hellfest. Dois palcos de cada vez. Hoje, calha ao Warzone e ao Valley.
O Warzone é como o nome indica, um campo de batalha. Destino de sonho para qualquer aficionado do hardcore e punk. No primeiro dia, haverá a possibilidade de ver nomes incontornáveis no punk político dos E.U.A. como Bad Religion e Rise Against, também muito bem acompanhados pelos veteranos do punk francês Uncommonmenfrommars. No segundo dia, o corpo terá de estar alongado para sofrer a real pancada, de alguns dos nomes mais relevantes e salientes, do hardcore underground americano, entre Incendiary, Turnstile e Modern Life Is War. Como se isso não bastasse, o palco ainda será brindado com os históricos de NYHC Cro-Mags e os colossos do metalcore Hatebreed, para fechar a noite. Terceiro e último dia, terá um ponto de viragem muito interessante para um conjunto refrescante de bandas pertencentes à nova vaga de hard rock nórdico: Backyard Babies, The Hellacopters e Gluecifer, terminando o festival com os Turbonegro.
Reduzindo as mudanças na caixa de velocidade, transitamos para a mítica catedral do stoner hellfestiano, o Valley! Palco ideal para quem procura nada mais, nada menos do que riffs. O primeiro dia estará certamente domado pelas ondas do stoner doom com Dopethrone, Bongzilla e Church of Misery a apedrejar a tarde com pujança e fulgor. Mas com a chegada da noite é o sludge que reina, com outras três bandas de estado lendário: os padrinhos do género Crowbar, os pioneiros Eyehategod com Mike Williams completamente recuperado, tal como os manda-chuvas Corrosion of Conformity. No segundo dia, o Valley ganha uma identidade quase remanescente do Roadburn, onde acasala uma sequência de grupos diferentes e ecléticos que mais lembram a diversidade do festival holandês. Neste dia, entre propostas mais puristas como Black Rainbows, Monolord e Orange Goblin, haverá possibilidade de se ver o hip-hop dos Dälek, o punk/crossover dos Dead Cross de Mike Patton e Dave Lombardo ou os incontornáveis Neurosis em catarse. No terceiro e último dia, os veteranos Warning prometem assolar os ouvintes afetos à velha guarda do doom e, para contrastar, os Grave Pleasures estarão mais do que aptos para levar as mais novas gerações ao rubro com o seu deathrock apocalíptico. De sublinhar também a muito distinta aposta dos bizarros Zeal & Ardor ou em Nebula em digressão de reunião. À cabeceira e na reta final estarão ainda nomes como Kadavar, Baroness e Amenra.
Nesta listagem constam apenas dois palcos, Imaginem o resto… aguardem pela análise do Altar e do Temple. É de deixar cair o queixo. Subscreve a playlist em baixo.