O oitavo ano traz a grande novidade de o festival se estender para dois dias. Para além do sábado "gordo" na Sala Riviera, o Kristonfest conta este ano com concertos na Sala Mon. E não se trata de uma noite de aquecimento qualquer. Os norte-americanos Earthless serão os grandes protagonistas da noite, levando a Madrid o sideral e ácido stoner psicadélico a que nos têm habituado. Com eles, estará nada menos que Nick Oliveri, histórico baixista de Kyuss e Queens of the Stone Age, apresentando-se com os seus Mondo Generator. Logo a abrir esta sexta-feira, as primeiras notas serão emanadas pelos noruegueses Årabrot, duo que, ao longo dos anos, tem conquistado culto no underground europeu.
Sábado trará uma oportunidade rara para o público ver The Hellacopters, uma das mais influentes bandas de rock da Suécia. Liderados pelo homem dos mil ofícios Nicke Andersson (ultimamente em foco como baterista em Lucifer), os Hellacopters viram, em 2016, regressar Dregen, guitarrista fundador também notabilizado nos Backyard Babies. Juntos, estão prontos para celebrar os mais de 20 anos de carreira da forma mais eletrizante.
Logo ao fim da tarde, as hostes iniciam-se de forma quase espiritual. A abrir, os britânicos Church of the Cosmic Skull, com uma sonoridade retro/psych/prog a invocar uns Fleetwood Mac e uns Deep Purple de forma xamânica. Seguem-se Dozer, uma das mais importantes bandas stoner europeias que, ao vivo, se assumem como uns autênticos bulldozers. A doomsday machine dos Kadavar aparecerá logo de seguida, fazendo aumentar o ritmo para níveis frenéticos, mesmo no ponto de rebuçado para a chegada dos Hellacopters. Não em modo de descompressão, mas de continuidade da festa, a última grande descarga elétrica será emanada pelos britânicos Turbowolf, que, já em modo afterparty, mostrarão ao vivo o aclamado The Free Life lançado em 2018.
Na impossibilidade de viagens mais longas, o público ibérico poderá encontrar na capital espanhola uma alternativa de primavera à altura. E ainda há bilhetes disponíveis.
