
Desde 2013 que há um festival viçoso a pisar o berço de Portugal. O Mucho Flow apareceu com a Revolve, editora e marco revitalizador da música alternativa de Guimarães, e pretende musicar os outubros da cidade. Em edições anteriores trouxe nomes como Bitchin’ Bajas, Amen Dunes ou Radar Men from the Moon. Foi bem recebido, mantendo-se assim a estratégia para 2015: mais uma dose de artistas arrojados a pisar o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura.
Os cabeças de cartaz para esta edição são Girl Band e Circuits des Yeux. Os primeiros usam o post-punk como palco para uma performance dramática, violenta ao mesmo tempo que inteligente. Acreditamos que malhas como "Lawman" e "Sexy Wife" vão ficar a ressoar no palco Mucho durante alguns dias.
Muito diferentes, os Circuits des Yeux só partilham com os primeiros o inconformismo musical. Este é um projeto que pensa em textura: sintetizadores ambientais, processamento de efeitos e arranjos de cordas acompanham a voz profunda de Haley Fohr e caracterizam esta música. Seguindo convictamente esta linha de pensamento, a composição meticulosa de Fohr origina momentos envolventes e emocionais, de um jeito cru.
Fora estes projetos, o restante destaque vai para bandas portuguesas: Filho da Mãe & Ricardo Martins, onde a música atormentada do guitarrista ganha um novo corpo bailante, os loops luminosos de Sun Blossoms, o exotismo dos Jibóia e a dupla de garage rock mais lusitana do momento, as Pega Monstro. O resto da festa fica à responsabilidade de El Rupe, Ricardo Remédios, Galgo, Lama, Smartini, Acid Acid e DJs para os afters.
Dia 10 de outubro a boa música vai rolar em Guimarães, das 17 horas até quando lhes apetecer. E por 15 euros, You can go with the (mucho) flow.