6
TER
7
QUA
8
QUI
9
SEX
10
SAB
11
DOM
12
SEG
13
TER
14
QUA
15
QUI
16
SEX
17
SAB
18
DOM
19
SEG
20
TER
21
QUA
22
QUI
23
SEX
24
SAB
25
DOM
26
SEG
27
TER
28
QUA
29
QUI
30
SEX
1
SAB
2
DOM
3
SEG
4
TER
5
QUA
6
QUI

O que faz do Roadburn um destino tão especial?

01 de Abril, 2018 ArtigosJoão "Mislow" Almeida

Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr

Uma viagem entre as eternas muralhas - Antevisão SWR Barroselas Metalfest XXI

Systemik Viølence: Podridão, Negritude e Desobediência no século XXI
O Roadburn é do caralho! Mesmo quem ainda não foi, sabe o quão legítimo é afirmá-lo. O conceito, a execução, a qualidade, a cultura, a localização e a longevidade, o culminar de tudo isto, serve de “segredo” para o grande sucesso do festival. Estando à dezanove primaveras a fazê-lo, sempre com a mesma receita e dedicação, pode-se dizer que somente uma coisa mudou desde o seu início. A sua relevância, sempre para melhor. Dito isto, o Roadburn é candidato ao melhor exemplar da palavra “experiência”. Questionem, no entanto: O que há de tão especial nesse dito festival? Aqui vão algumas sugestões.

Comecemos pelo conceito do artista em curadoria. Em todas as edições é escolhido um artista/banda diferente, onde com este, passa a haver uma mente extra a decidir o que trazer para o cartaz do festival. No ano passado, a tarefa sobrepôs-se nos ombros de John Dyer Baizley (Baroness) e em tantas outras edições coube a outros como Lee Dorrian (Napalm Death, Cathedral), Einar “Kvitrafn” Selvik (Wardruna), Mikael Åkerfeldt (Opeth) e muitos mais, para escolher à mão uma pletora de artistas para pavimentar, com o seu toque, uma porção do fim-de-semana. Este ano, atribuiu-se o privilégio a Jacob Bannon (Converge). Só com isto, é promessa para muita coisa boa. Com a escolha de um curador, vem um alargamento no espectro sónico. Para além dos mais extremos sonoros do metal como o black, death e doom, o festival passa a ter portas abertas ao mostruário de gêneros experimentais como o avant-garde, noise, ambient, pop/hip-hop e até mesmo enquadramentos em colaboração coletiva.

É importante não esquecer a identidade estética do festival. É fulcral fazer uma menção às venues e a todo o jogo de iluminação/audiovisuais que sempre acompanharam o evento ao longo dos anos. Para além disso, salas como o Het Patronaat, o Green Room e o Cul de Sac, são os ideais para quem procura proximidade e um contacto imediato entre o público e o artista. Quase todos os anos há trocas e inclusões novas de venues diferentes. No penúltimo fim-de-semana de abril, a venue em estreia será o Koepelhal. Dito isto, é impossível ignorar o exemplar e magnânimo monólito O13 Poppodium de Tilburg. Este último, sendo eleito por muitos artistas e ouvintes, é consagrado como uma das melhores salas de concertos na Europa, só isso deve dizer alguma coisa.

Observando o arquivo de passados alinhamentos, nota-se uma tradição que foi cimentada pela organização e visão de Walter Hoeijmakers. Para além de espetáculos exclusivamente coordenados para serem apresentados em exclusivo nos palcos do Roadburn, caso disso este ano com Waste Of Space Orchestra, uma colaboração entre Oranssi Pazuzu e Dark Buddha Rising, há um grande foco em álbuns reproduzidos na íntegra. Este ano, não faltam exemplos disso. Cabeças de cartaz que preenchem o olho a qualquer um com Weedeater a tocar God Luck and Good Speed, Crowbar a apresentar Odd Fellows Rest, Godflesh com o álbum Selfless e muito mais. Não se pára aí, pois Godspeed You! Black Emperor terão direito a dois sets separados de duas horas nos últimos dois dias. Tal como o Waste Of Space Orchestra, haverá ainda outra colaboração ao vivo entre membros de Misþyrming, Naðra, Svartidauði e Wormlust sob o nome de Vánagandr. Onde, durante uma hora, teremos uma apresentação em primeira mão de Sol Án Várma, que segundo as mais recentes facetas do black islandês, promete-se um opus que uiva como um grunho imenso e vagaroso cujo progresso não poderá pausar uma vez que tenha começado.

Nos palcos mais pequenos, especial atenção a nomes como The Ruins Of Beverast a tocar Exuvia, Hell a apresentar o último álbum de nome próprio, Big Brave, Hail Spirit Noir, Zola Jesus, uma colaboração vivo entre Thou e The Body, ou os polacos Thaw e Furia. Não bastando, Bell Witch terá ainda a oportunidade de tocar dois sets isolados, onde um deles será dedicado à total reprodução do último Mirror Reaper, tal como Wiegedood, Zonal, Mizmor, Wolfbrigade, Hexis, Planning For Burial e Jarboe com Father Murphy. Na sexta-feira haverá uma palestra/workshop acerca de Hugsjá, o mais recente produto da colaboração entre Einar Selvik (Wardruna) e Ivar Bjørnson (Enslaved), que será também apresentado em estreia ao vivo, no sábado, no palco principal.

Para quem for ávido adepto de stoner rock e psychedelic, o Roadburn compôs um alinhamento de opções inteiramente dedicado ao dito apreço do rock exploratório. Estarão presentes bandas como Minami Deutsch ou The Heads, mas também Earthless que trazem consigo o apelidado de San Diego Takeover que ao longo dos primeiros três dias do festival contará com Harsh Toke, Sacri Monti ou Petyr, entre outros.

Tirando o set dedicado à reprodução do mais recente álbum da sua banda, The Dusk In Us, os Converge oferecerão também uma oportunidade imperdível aos mais dedicados, de ver o You Fail Me reproduzido na sua totalidade na sala principal do 013. Como se isso não bastasse, a ansiedade estará certamente presente na cara do público quando este poderá ver o Mariner a ser tocado pela sua derradeira e última vez. A não esquecer, para quem for fã de amplificação, de testemunhar o rebobinar do colosso Absolutego de Boris, enquanto acompanhados pelo senhor Stephen O’ Malley de Sunn O))) nos lemes dos amplificadores. Os decibéis serão garantidamente sangrentos, mas o O13 estará preparado para estancar a ferida.
por
em Artigos


O que faz do Roadburn um destino tão especial?
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?