5
TER
6
QUA
7
QUI
8
SEX
9
SAB
10
DOM
11
SEG
12
TER
13
QUA
14
QUI
15
SEX
16
SAB
17
DOM
18
SEG
19
TER
20
QUA
21
QUI
22
SEX
23
SAB
24
DOM
25
SEG
26
TER
27
QUA
28
QUI
29
SEX
30
SAB
31
DOM
1
DOM
2
SEG
3
TER
4
QUA
5
QUI

Systemik Viølence: Podridão, Negritude e Desobediência no século XXI

07 de Janeiro, 2018 ArtigosJoão "Mislow" Almeida

Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr

O que faz do Roadburn um destino tão especial?

Semibreve 2017 • A materialização do futuro regressa a Braga
Bem-vindos ao degradante século XXI. Estamos plenos em época de autêntica corja a inundar as ruas do país, e caminhamos hoje nestas e nos confins mais obscuros da capital, onde se masturbam fanáticos do submundo cultural, e se arranja sempre meio para surpreender com o quão baixo o ser humano consegue ser. Não há muitos nomes nem classificações que consigam designar exatamente o absurdo desdém que este projeto consegue render. Existe uma desmedida indecisão entre nojo, aversão, antipatia e insistente irritação, como um prego num pé descalço, ou até um embriagado a estragar-vos o concerto da vida. Gramaticalmente, é uma tarefa de puro sadismo, mas tomando em conta que estes Systemik Viølence se encontram em crescimento exponencial desde o inicio do ano, é assustador admitir que, se calhar, este é um cancro que todos temos de aceitar. Não há quimioterapia nem remissão que desafogue a constante aflição desumana que é ouvir esta banda.

Ver ao vivo ultrapassa o castigo medieval de todo e qualquer mecanismo de sofrimento, e se ainda não tiveram oportunidade, mantém-se o desafio de olhar cara-a-cara no ódio puro do Satanarkist Attack e admitir com todo o volume, toda a vossa nulidade como seres humanos. Cada dia que passa sofremos um golpe ao saber que teremos de aceitar este, como um dos melhores álbuns nacionais em 2017. Porquê? Vamos explicando à medida que ficamos a conhecer melhor, nada mais nada menos, do que Iggy Musäshi, o frontman, e untermensch profissional nas horas livres, da nova fúria no punk português, Systemik Viølence.

 

Antes de mais, é um privilégio poder falar com alguém tão verdadeiramente detestável como tu. Como te sentes?

Ressacado e sem pachorra para esta merda!

 

Achas que é importante sentires alguma forma de ódio perante qualquer público? Dito isso, sentes que estás a fazer um trabalho de merda se ninguém te detestar com toda a tua presença?

Eu quero é que o público se foda, literalmente. É tudo merda, incluindo eu próprio!

 

Até podíamos falar sobre as verdadeiras identidades de todos os membros, mas ninguém quer saber na verdade. Fala-nos sobre a criação dos Systemik Viølence e porquê a merda das máscaras?

Criámos Systemik Viølence porque estamos descontentes com a cena na tuga que praticamente não existe. É só pussy punks e não há aquele feeling de perigo como havia nos 80’s, e usamos as máscaras para haver uma ausência de ego. O pessoal só gosta das bandas se forem membros ou ex membros das bandas X ou Y por isso mandamos um grande fuck off quanto a isso.

 

Acerca do lançamento de Satanarkist Attack. Alguma vez na vossa miserável e insignificante carreira ambicionavam lançar um álbum de originais? Satisfeitos com o resultado e receção?

Claro que sim. O nosso veneno tem que ficar registado! Digo mais, enquanto muitas bandas andam com campanhas de crowdfunding para pagar estúdio, nós  usamos um gravador com 8 pistas.

 

O quão importante é, na verdade, tocar ao vivo para vocês? O que é algo, para vocês, realmente indispensável numa noite à Systemik?

Ao vivo é que é o real deal. Se no final tiver ameaças de porrada e virgens ofendidas a quem a carapuça lhes serviu, está tudo bem. É sinal que a mensagem foi bem entregue.

 



 

Esta fotografia foi tirada na última edição do Milhões de Festa, na qual puderam participar ao lado de Milhões de Outras Bandas Melhores Que Vocês. Fala-nos um pouco sobre a experiência no festival e sobre a reação estupefata captada na foto. O que é que isso te diz do mundo?

O nosso concerto foi uma granda zerada em termos técnicos, mas em termos de atitude demos 11. Gosto de tocar em locais onde estamos completamente fora da caixa para o pessoal de outras ondas levar com o nossa negritude! De resto foi uma experiência um pouco negativa, pouca cerveja no backstage e só pussy hipsters! Quanto a esta foto, tá fixe para mim!

 

Se pudessem mandar alguém à merda, neste mesmo instante, quem seria?

Tanta gente.. mas sabes que mais, quero é que tu te fodas e mais esta merda de pergunta!

 

Não sei se já repararam mas incluímos o vosso Satanarkist Attack na nossa lista de melhores álbuns nacionais. Sabe bem partilhar o top com nomes como Orelha Negra e Slow J?

Ficamos em cima de Moonspell. Tudo certo!!!

 

Planos para 2018 e um guia curto para se evitar cópias baratas de GG Allin?

Continuar a venerar Satanás e espalhar a nossa má onda por todo o lado. Parem de fingir que são punks a sério no Disgraça, bebam bagaço e oiçam Sarcófago!

 


 

Quem for familiar às guitarras degenerativas da genética sueca da velha guarda, lembrando nomes como Anti-Cimex, Driller Killer e Totalitär, não vão ter problemas em abraçar a absoluta abrasividade das ensaguentadas cordas de Systemik. Estas, sem nunca perderem uma pinga de suor e seriedade num punho fechado e impiedoso de puro rock’n’roll, alastram-se no físico do ouvinte como recorrentes golpes de matança em constante loop.

O nojo quase gráfico do seu fulgor estampado em chama, deve-se muito ao venoso baixo que rasga músculo como uma lâmina bem avivada. Malhas como a “Just Another Uniform”, “Not A Gear In This Machine” e “You Are Free To Be A Slave” sublinham o diáfano estado de protesto. Tresanda a rock’n’roll, álcool e muito sangue.

por
em Artigos


Systemik Viølence: Podridão, Negritude e Desobediência no século XXI
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?