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"Tudo isto ainda é um sonho difícil de acreditar" All We Are em entrevista

15 de Junho, 2015 EntrevistasBruno Pereira

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Rich O'Flynn, Guro Gikling e Luís Santos vivem atualmente em Liverpool, mas todos vieram de sítios muito diferentes: Irlanda, Noruega e Brasil, respetivamente. Juntos formam os All We Are, um dos nomes em destaque da próxima edição do Milhões de Festa.
Começaram os três como guitarristas e rápido tiveram que se adaptar a outros instrumentos, tendo inclusivamente Rich desenvolvido uma maneira peculiar de tocar bateria. O disco homónimo de estreia [com direito a review aqui] saiu no início deste ano e foi escrito em viagens em que os artistas se isolaram na natureza.
Estivemos à conversa com o trio sensação da psych pop onde ficamos saber, entre outras coisas, o acaso que foi terem sido descobertos pela Domino Records, que são mais energéticos ao vivo ou que vão dar uns mergulhos na piscina do Milhões de Festa!
Vocês agora estão todos em Liverpool mas cada um de vocês veio de sítios muito diferentes. Como é que se conheceram e decidiram tocar juntos?

Conhecemo-nos no primeiro dia de Universidade em Liverpool. Quando terminamos o curso, acima de tudo queríamos continuar juntos e então começamos uma banda.

 
Como é que chegaram ao tipo de som que fazem? Vocês vieram de culturas muito diferentes, como é que convergiram e assentaram o som?

O desenvolvimento do nosso som está em evolução contínua, conscientemente ou não. Quando começámos, não tínhamos ideia que tipo de som ia sair, só sabíamos que queríamos criar uma música dançante e positiva. Quanto mais tocamos juntos mais sabemos o que funciona ou não, o que um ou outro quer ouvir. É um processo intenso, mas muito divertido e fundamentalmente democrático.

 
Um pouco menos a sério agora. Alguma vez experimentaram misturar música brasileira como samba ou MPB com música tradicional escandinava?

Nunca tentamos isso diretamente, mas o Luís sempre tocou MPB e samba no violão. Isso é parte da cultura e educação dele e então com certeza que influencia indiretamente.

 
Para alguém que não vos conhece, como é que vocês definem o vosso som?

Nós chamamos Boogie Psicadélico. Bem melódico mas com batidas bem groovey, baixo e guitarras líquidas e fluídas. Algumas pessoas já nos chamaram de "Bee Gees on diazepam".

 
Vocês começaram todos como guitarristas. Como foi a transição para o baixo e bateria?

A Guro nunca tinha tocado baixo antes e teve que aprender a técnica e também como cantar ao mesmo tempo. O Rich realmente começou do zero e teve que aprender a tocar em duas semanas. Auto-didata, desenvolveu o seu próprio estilo, por isso toca bateria em pé e faz coisas "pouco ortodoxas".

 
Lançaram este ano o vosso primeiro álbum, como é que tem sido a receção nestes primeiros meses?

É muito bom ver a crítica que recebemos dos media, coisas muito positivas e que dão força pra continuar. O melhor de tudo é fazer turnês e conhecer os fãs, pessoas que cantam as letras nos concertos e vêm falar connosco depois. Ter esse contacto direto é bem importante para nós e deixa-nos muito felizes. É o oposto de nos encasularmos num estúdio escuro por meses sem mostrar a música a ninguém.

 
O vosso disco de estreia foi logo lançado na Domino Records, uma das maiores editoras dentro do vosso género musical. Como é que essa oportunidade aconteceu? Como é que começou o contacto entre eles e vocês?

Um indivíduo da Domino veio a um dos nossos concertos por coincidência, só estava a procurar um lugar para beber um uma cerveja. Ele adorou o concerto e convidou-nos para conhecer o seu escritório no dia seguinte. Para nós, tudo isto ainda é um sonho difícil de acreditar!

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Sentem que a vossa música (tanto a parte sonora como lírica) transmite exatamente tudo o que vocês são (all you are)? Li algures que as vossas letras são sobre episódios das vossas vidas.

As letras são biográficas mas muitas vezes deixamos coisas abertas para interpretação. Desse modo as pessoas que ouvem podem projetar as suas próprias experiências, podem fazer parte da música. All We Are não é um projeto individual, é a soma de nós os três, com todas as nossas falhas e qualidades, e isso é refletido no sentimento da música e das letras.

 
Como é o vosso processo criativo? Este é um disco conceptual, bem pensado e com uma ideia prévia, ou foi feito mais à base de jams e experimentalismos?

Como sempre escrevemos juntos, desenvolvemos um modo bem democrático e honesto de trabalhar. Basicamente trancamo-nos no estúdio e fazemos "jams" até a música se completar. Se não conseguimos concordar em alguma coisa, votamos, a maioria ganha.

 
Li algures que vocês gostam de viajar e se isolarem para compor. Em que lugares é que gostaram mais de estar?

Para nós o que é interessante nessas viagens é o facto de que estarmos sozinhos, isolados, não conhecermos ninguém e não termos interrupções. Então, na verdade, pode ser qualquer lugar no mundo, mas gostamos de natureza, caminhadas ajudam essa catarse mental.

 
Vocês andam em tour já há alguns meses. Como é que está correr?

Muito bem! Adoramos tocar ao vivo, todos os concertos ensinam sempre alguma coisa nova de maneira a melhorarmos como artistas. Gostamos do contacto com os fãs.

 
O que é que podemos esperar num concerto vosso? Vocês tentam abordagem diferentes às músicas quando as tocam ao vivo?

O nosso concerto é mais energético que o disco. Somos apenas três, então temos que compensar fazendo coisas criativas e descobrindo maneiras novas de apresentar os nossos instrumentos. Temos muitos efeitos de guitarra e samples de bateria que criamos ao vivo. Muitas vezes as pessoas dizem-nos que pelo som que fazemos, dá a impressão de que há mais pessoas em palco.

 
Vocês vão atuar no Milhões de Festa, a vossa primeira vez em Portugal. O que é que sabem sobre o nosso país? Algum de vocês já esteve cá alguma vez?

Nunca fomos a Portugal, mas o Luís obviamente sempre quis visitar por causa da cultura, povo, comida e belezas naturais!

 
Conhecem o cartaz do Milhões de Festa? Há alguma banda nesta edição que estejam ansiosos por ver ou partilhar o palco?

Adoramos Deerhoof!

 
O Milhões de Festa é muito conhecido por ter uma piscina com concertos e um ambiente muito bom. Podemos esperar ver-vos a dar um mergulho com o resto dos festivaleiros?

Um jornalista português disse-nos que a atmosfera era ótima mas não sabíamos sobre a piscina, agora estamos ainda mais empolgados! Com certeza que vamos dar um mergulho seminus.

 
Têm tido tempo para ouvir mais algum álbum deste ano?

Temos ouvido muito o novo álbum do Kendrick Lamar.

 
Última mensagem.

Recebemos várias mensagens de fãs portugueses, mal vemos a hora de finalmente tocar para eles e nadarmos juntos na piscina!

Muito obrigado. Vemo-nos em julho!

por
em Entrevistas
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