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Overall Outubro 2019

12 de Novembro, 2019 ListasWav

Sem qualquer ordem, a não ser alfabética, apresentamos os discos lançados em outubro de 2019 que mais marcaram a nossa redação.

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Overall Novembro 2019

Overall Setembro 2019
 

astronoid-album-coverAlcest - Spiritual Instinct (Nuclear Blast)


Só nos apercebemos de quanta falta fazia mais um disco de Alcest quando ele nos cai no colo. Spiritual Instinct, o sucessor de Kodama, é mais uma criação sublime do léxico musical de Neige e Winterhalter. Os franceses retornam com o seu blackgaze de marca, continuando o trabalho de empilhar trabalho genial após trabalho genial. Com os nomes dos autores tão próximos da semântica do frio e do clima invernoso, é de admirar o quão quente e convidativo se revela Spiritual Instinct, juntando-lhe a particularidade de ser uma obra que se aprecia plenamente ao tomar um chá quente na paz do lar, ou a rodopiar em mosh violenta. - PS



 

 

Beirut-GallipoliAngel Olsen - All Mirrors (Jagjaguwar)


Épico, cintilante, mesmo que ingénuo – um verdadeiro postal de Old Hollywood. A cantautora americana afasta cantautorices para abraçar acompanhamentos de orquestra, num dos mais pesados discos do ano. Nunca a potência da voz de Angel Olsen esteve tão bem acompanhada. Já a sua lírica, o único fator negativo deste quarto LP, destoa sempre que o arranjo puxa dos adereços teatrais. É perdoável, com o espetáculo de sombras nas linhas de baixo e no infiniteto de cordas, que mantêm a lágrima no canto do olho e os olhos na tela gigante – um grande “segundo ato” na tragédia amorosa de Olsen. Puxem o lustre ao anel de noivado sobre a luva preta – não dá para cansar desta mulher e o brilho fica bonito no preto e branco do cinema. - TQ



 

 

Boy-Harsher-CarefulBilly Woods - Terror Management (Backwoodz)


Depois da sua colaboração com Kenny Segal no início do ano, o rapper de Nova Iorque Billy Woods lança o seu segundo disco de 2019, Terror Management. Permanentemente pessoal e sempre focado nos tópicos de identidade, política social e conscious speech, Billy continua a ser a grande pérola escondida do underground hip-hop americano. Tudo à parte, estilisticamente falando, este Terror Management cresce com cada audição com uma garantia de futuro clássico no género. Muito à imagem de Madvillain, Cannibal Ox, Dalek e por aí fora. - JMA



 

 

Candlemass-The-Door-To-DoomBoris - LφVE & EVφL (Third Man)


Ouvir LφVE & EVφL é aceitar o isolamento numa cápsula de som para sermos agressivamente expostos a uma urgente e não solicitada purificação através do caos. O desconforto é explorado com toques abrasivos – vozes e gritos, distorção aparentemente desorientada, cliques e estalos, e aquilo que soa a arranhões em vidro, impressionantemente bem enquadrados. Apresenta-se delicadamente com “Away From You”, e a partir de então agrava-se num bobinar de informação informe do doom. LφVE & EVφL interliga-se consigo próprio numa dinâmica de contração e expansão, destruição e restauração. - BF



 

 

Dream-Theater-Distance-Over-TimeGatecreeper - Deserted (Relapse)


O segundo álbum deste quinteto do Arizona mostra, uma vez mais, que o death metal pertence também às paisagens áridas. Aqui, o compromisso com o som mais old school não é novidade, mas neste trabalho os Gatecreeper revelam-se cada vez mais capazes de levar qualquer um da Flórida a Estocolmo em meros segundos. Escusado dizer que a bateria incansável, os riffs orelhudos e um range vocal audaz são ingredientes chave para um assalto destemido. Deserted fará as delícias de cavemen e vikings, tendo em conta que Entombed, Bolt-Thrower, Crowbar e Celtic Frost são apenas alguns dos nomes que nos assaltam a mente ao longo destes 43 minutos de caos. - AT



 

 

Fange-PunirJinjer – Macro (Napalm)


Da grandeza Micro à Macro vai uma grande distância. Do início de Jinjer até ao cume que agora ocupam vai uma ainda maior, mas quando a qualidade se move à velocidade da luz, as coisas tornam-se mais fáceis. A guitarra imaculada do djent, o baixo com o melhor dos grooves, a bateria que acentua de surpresa e a incontornável voz de Tatiana, de Dr. Jekyll a Sr. Hyde. Da Ucrânia com amor. - PS



 

 

Fange-PunirKadavar – For the Dead Travel Fast (Nuclear Blast)


Neste álbum canta-se sobre o destino ulterior da vida humana em tom de convite. Tanto o título como o temperamento expresso na capa estão longe de ser clickbait. “The End” configura um álbum fosco, de cantos à la doomsday enfeitiçantes e riffs de pulso firme. O que este disco nos traz é uma colagem, com os papéis secundários do indie, algum pop rock na voz, guitarrinhas western ou o doom a permitir o headbang tenso. É um itinerário até à ebulição, com texturas rústicas de obscuridade, que mostra a solidez e estabilidade do ponto de maturação de Kadavar. - BF



 

 

Ithaca-The-Language-Of-InjuryKanye West – Jesus is King (Def Jam)


Temos urgentemente de parar de glorificar trabalhos só porque são de artista A ou B. Kanye West é um desses nomes, e Jesus is King é a prova de que já se lança coisas a contar que o marketing faça o resto do trabalho. O conceito do novo álbum do nome maior da música aparenta muito e concretiza absolutamente nada. É uma trapalhada gigantesca! A tentativa de misturar hip-hop com gospel é produzida em jeito megalómano, mas Kanye e o Sunday Service Choir nunca comungam. A fluidez das faixas simplesmente não existe, e a inspiração é descaradamente preguiçosa: a base de “Closed on Sunday” é, sem tirar nem por, “I Love It” em slow motion. As letras são básicas e roçam o nonsense e não existe qualquer tipo de identidade sonora em Jesus is King. Para um álbum tão curto (menos de 30 minutos), é demasiado longo. - JR



 

 

Kaleikr-Heart-Of-LeadLightning Bolt – Sonic Citadel (Thrill Jockey)


De forma estranhamente estruturada e estranhamente melódica, com alguns esboços pop bem diluídos, Sonic Citadel veio delinear o seu próprio cantinho no percurso de Lightning Bolt. Não deixando de ser desorientador até ao nível da gratificação, apaixonadamente inchado com informação audível, é também um disco mais alegremente enraivecido. Chippendale oferece-nos um incansável ataque epiléptico em forma de linha de bateria e uma voz imponente, colocada como pano de fundo, mas muito mais percetível do que o fora antes. Vindo do improviso e da brincadeira com a dissonância, lançaram uma versão ainda musculosa, mas mais colorida deles mesmos. - BF



 

 

Panda-Bear-BuoysMortiferum - Disgorged From Psychotic Depths (Profound Lore)


The troops of death strike again… e arrastam consigo os pesados alicerces do doom. Título e artwork a preceito, revelam-se meros prelúdios para o que o quarteto de Washington tem para nos apresentar. Na veia de Incantation e Autopsy, encontramos distorção de cordas, uma bateria orgânica e growls quase desconfortáveis. A atmosfera é sufocante e as melodias desarmantes. Sem descuidar a assinatura dos 90s, lentas cadências intercalam-se com inesperadas descargas de blast beats, tornando qualquer padrão imprevisível. A menos de dois meses do juízo final, continuamos submergidos nas mais obscuras forças do cosmos. - AT



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitStorm {O} - Finis Terrae (Ván)


Os italianos Storm {O} podem muito bem recair no desconhecimento geral do público português, mas se por aí existem fãs de punk em forma de assalto constante, este grupo é uma resposta bem dada a essa procura. Tanto pelo seu disco anterior, como por este Finis Terrae, a abrasividade das guitarras contribui em grande plano para o sonoro hostil e cadavérico, sempre sob discurso de protesto. Caótico, urgente, nunca estático, conclui-se como uma representação de protesto ao ataque. Doze faixas, 27 minutos. Caos puro. - JMA



 

 

Soen-LotusSunn O))) - Pyroclasts (Southern Lord)


Com algum tempo de espera até à chegada de Life Metal, não era de estranhar encontrar Stephen O’Malley e Greg Anderson de novo desenterrados de uma rejuvenescida carga criativa. Tirando o proveito máximo da colaboração ao lado de (none other) Steve Albini, nasce então outro disco, mais curto e embrionário, do processo do seu antecessor. Pyroclasts é o segundo disco da banda em 2019, e foi criado em paralelo durante a produção de Life Metal. Além de um mero “B-side”, o disco descola-se por completo do seu “gémeo” com uma tonalidade mais abrasiva e composição francamente primal. Aprimorada com um timbre monocromático e a sobrevoar com uma distorção nunca antes vista em Sunn O))), estes 40 e poucos minutos não só abalam, como entranham com cada viragem do tempo. - JMA



 

 

Young-Gods-Data-Mirage-TangramSwans - Leaving Meaning (Young Gods)


Michael Gira está de volta. Evitando limitar-se como um mero songwriter na espinha dorsal de Swans, o americano expande-se cada vez mais como um condutor ou uma espécie de shaman. Depois do término do último ciclo da banda, surge então a nova “encarnação” da banda dos cisnes, denominada Leaving Meaning. Um disco que, apesar de contar com inúmeras contribuições externas, desde os nossos familiares Anna Von Hausswolff e Ben Frost, é simultaneamente forward thinking, mas muito focado em recordar as antigas telas da banda. Aqui encontram-se faixas que podiam muito bem ter sido incluídas em The Great Annihilator, Soundtracks for the Blind ou Love of Life. Peca pela ausência de impacto ou de uma real extensão de texturas e focos sensoriais, mas ganha por se demonstrar ainda intacto de ideias e alma. - JMA



 

 

Vanum-Ageless-FireTeitanblood - The Baneful Choir (Norma Evangelium)


A receita passa por uns bons headphones e volume no máximo. O quarteto espanhol regressa, passados outros 5 anos, para uma terceira dose de blackened death castigador. Aliados ao uso de inúmeros efeitos e uma voz sobrenatural, bateria e baixo combinam-se para criar um verdadeiro tumulto de cacofonias. Dissonância e agressão quebram toda e qualquer estrutura, criando uma fluidez única e fazendo escapar a identidade dos temas mesmo aos ouvidos mais atentos. Um contínuo ataque aos sentidos, onde uma produção invejável destaca o que de melhor existe no som tão particular a que já nos habituaram. Viagem até ao sétimo subnível do inferno, sem paragens… nem regresso. - AT



 

 

Xiu-Xiu-Girl-With-The-Basket-Of-FruitVukari - Aevum (Vendetta)


A Vendetta é daquelas editoras que, independentemente do quão obscuras as bandas ou projetos possam ser, o plantel promove-se com discos absolutamente devastadores e orgânicos. Os Vukari não são exceção e até podem muito bem encabeçar as atenções do underground depois de passados e grandiosos discos de Ultha, Spectral Wound, etc. Aevum é atmosférico, sufocante, emotivo e tão unicamente abrasivo. A bateria propaga-se com blast beats desoladores e a melodias das guitarras entranham de tão bem conseguidas que estão. Um álbum que suplica para ser repetido, repetido e repetido. Sem mercê ou hesitação. - JMA



 

 

Yeruselem-The-SublimeWildnorthe - Murmur (Regulator/Raging Planet)


Murmur é a mais recente contribuição da dupla de Sara Inglês e Pedro Ferreira. Wildnorthe tem-se mostrado em constante crescimento entre lançamentos, mas com a chegada deste novo disco sob a Regulator e Raging Planet, denotam-se texturas, ambiente e uma dançabilidade contagiosa que expande faixa após faixa. Com um sonoro algo “indeciso” (e bem) entre o synthpop, post-punk, darkwave e nas entrelinhas do gótico, é impossível não relembrar os grandes Clan Of Xymox ou Cocteau Twins. No entanto, por favor não se enganem: Murmur é único, desde a sua espinha dorsal, à sua execução e timbre. Um disco a não deixar passar despercebido na fronteira portuguesa. - JMA



 

Artigo escrito por: Andreia Teixeira (AT), Beatriz Fontes (BF), João "Mislow" Almeida (JMA), João Rocha (JR), Pedro Sarmento (PS) e Tomás Quental (TQ).
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