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Overall Setembro 2019

15 de Outubro, 2019 ListasWav

Sem qualquer ordem, a não ser alfabética, apresentamos os discos lançados em setembro de 2019 que mais marcaram a nossa redação.

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Overall Outubro 2019

Overall Agosto 2019
 

astronoid-album-coverCar Bomb - Mordial (Holy Roar)


Versão 1: …………………………………………………………………… brutal estouro.
Versão 2: De Mordial podemos dizer várias coisas: é violento, é bruto, é pesado. É também cómico, sarcástico e inventivo. Estes Car Bomb têm certamente assegurado o seu cantinho na divisão geográfica das sonoridades mais duras, fugindo sempre do convencional e quebrando regras pré-estabelecidas. O quarteto nova-iorquino retorna assim em força, com mais um trabalho que se posiciona ao nível dos anteriores e que vale a pena ouvir até os ouvidos sangrarem. - PS



 

 

Beirut-GallipoliChelsea Wolfe - Birth of Violence (Sargent House)


O transplante de um estado emocional para disco, de forma cruelmente elegante. É obscuro e é magnético, com breves e suficientes crescendos de potência pelo uso (desta vez reduzido) de instrumentos elétricos, e boas doses de catchiness. Cada instrumento produz uma melodia de forma cuidadosa, terna, como se tudo em torno deles estivesse frágil. Essa debilidade emocional, que aqui é um ponto forte, é reforçada pelas letras de desespero e exposição por meio de uma entrega dolorosa e suave da voz – e é aí que encontramos violência em Birth of Violence. - BF



 

 

Boy-Harsher-CarefulCranial - Alternate Endings (Moment of Collapse)


Apesar de ainda passarem muito despercebidos pela cena europeia de sludge, estes alemães Cranial começam já a evidenciar condições para ganhar lugar no underground. Propagando-se como um eco de uns reconhecidos Omega Massif, o caminho ressoa-se de forma semelhante, mas brinda o peso dos riffs densos e massivos com ritmos supra-dinâmicos e uma atmosfera repleta de momentos memoráveis. Alternate Endings é só um começo, mas o potencial é tão imponente como a sua reverberação. - JMA



 

 

Candlemass-The-Door-To-DoomCult of Luna - A Dawn to Fear (Metal Blade)


Mesmo vinte anos depois da sua criação, este grupo continua a ser um dos maiores nomes na história do post-metal. Os mais recentes Vertikal e Mariner elevaram a fasquia do repertório, mas este novo trabalho demonstra uma vez mais a versatilidade da banda sueca. Recuperam alguns dos elementos mais primordiais do seu sludge e combinam-nos com o tom mais atmosférico a que nos habituaram nos últimos anos. Os traços progressivos mantêm-se, sobretudo pela guitarra exploratória que contrasta com uma bateria-âncora, e a isto juntam-se mãos cheias de riffs orelhudos à inconfundível voz de Johannes Persson. Quasi-meditativo. - AT



 

 

Dream-Theater-Distance-Over-TimeDevendra Banhart - Ma (Nonesuch)


Este disco não se leva demasiado a sério, e ainda bem: melodias simples e letras simples sobre a simplicidade da sensação de que está tudo a bem, sobre problemas palpáveis e sobre o pitoresco visto com humor e honestidade. Ma faz pontaria a sonoridades internacionais, dentro das quais o bossa nova se crava em grande plano. Espreitam-se alguns sons de inspiração asiática – uma guitarra em contrafação de um guzheng em “Taking a Page” – assim como as já familiares letras em espanhol. Liga-se tudo a vestígios de jazz, funk e uma colocação de voz que faz o nome de Lou Reed ressoar pelas paredes do crânio em loop. Resta sugerir que o oiçam a caminho do trabalho e resguardem-se numa cápsula de otimismo e abstração face ao que é inegavelmente desagradável. - BF



 

 

Fange-PunirElza Soares – Planeta Fome (Deck)


Desde que redescoberta por uma nova vaga de músicos brasileiros, Elza Soares tem usado cada momento para deitar cá para fora toda a opressão que os seus 82 anos carregam. Neste sentido, Planeta Fome em nada difere do registo que a relançou ao carinho do público. No entanto, o valor de produção neste novo trabalho é gigantesco! Tudo soa menos experimental, a sonoridade aproxima-se a fórmulas comuns da música pop numa tentativa de levar a sua voz (a voz da verdade) ao maior número de pessoas possível. - JR



 

 

Fange-PunirJPEGMAFIA – All My Heroes Are Cornballs (EQT)


Sem pudor, All My Heroes Are Cornballs é um dos melhores álbuns do ano, entrando directamente para os quadros do género. Abdu Ali, ao reservar para si toda a competência criativa e de produção, entregou toda a atenção e amor a este terceiro álbum e o comprometimento que fez é notório faixa após faixa. Cada música tem uma atitude e uma sonoridade própria, conseguindo ser clássico e futurista, estranho e melódico, tudo ao mesmo tempo. Menos de uma hora de total perfeição e ousadia a reexplorar os limites de um género por muitos renegado como um parente menor da música. - JR




 

 

Ithaca-The-Language-Of-InjuryMetronomy – Metronomy Forever (Because Music)


Após três anos de paragem, os Metronomy regressam com uma tão longa lista de temáticas e sonoridades, que mais parecem querer conjugar um conjunto de pequenos álbuns dentro de um só registo. De postura mais refinada e trabalhada, estamos, ainda assim, perante um trabalho sem uma linha condutora clara, mas que não deixa de ser agradável quando ouvido de rajada. A registar: a vibe eletrónica de “Insecurity” e “Salted Caramel Ice Cream”, a vibe sci-fi de “Lying Low” e “Forever is a Long Time”, a vibe pseudo-minimalismo de “Miracle Rooftop” e “Insecure”, a vibe casamenteira de “Wedding” e “Wedding Bells”, entre outras. Agregador de experiências ou Mount-antologia? - IC



 

 

Kaleikr-Heart-Of-LeadMgłaAge of Excuse (No Solace)


Mesmo com Behemoth, Mgła é inquestionavelmente a banda polaca da década. Com o pouco trabalho que tiveram a promover o novo disco (somente um single, seguido pelo stream do álbum na íntegra um mês depois), é admirável reconhecer a base de fãs que M e Darkside têm construído ao longo deste último tridente de lançamentos. Depois de With Heart Towards None e o mítico Exercises In Futility, chega mais uma obra prima: Age of Excuse. Ainda com lírica muito interventiva nas futilidades de um obsoleto mundo religioso, nos conflitos existenciais entre a dor de viver e a inevitável morte, os polacos arquitetam outro inigualável templo de songwriting sedoso mas incendiário, com instrumentação magistral, poderosa, e com a sempre presente memorável marca da melodia. - JMA



 

 

Panda-Bear-BuoysMike Patton & Jean-Claude Vannier - Corpse Flower (Ipecac)


A união de Mike Patton com o compositor francês Jean-Claude Vannier é o percurso natural de alguém que já conquistou o que tinha a conquistar e tem, por isso, a liberdade para ser o quão polivalente lhe apetecer sem dever nada a ninguém. Deve qualidade e corresponde sempre, desta vez com aquele que é um álbum que junta a hostilidade à classe, o dramatismo europeu e a sujidade americana. Este disco escala entre cinematográfico e o teatral ao juntar o southern rock, o blues, o soul, sintetizadores e a trepidação 60s, com um enfarte de instrumentos que lhe dão um gigantismo orquestral – harmónicas, violinos, piano, sinos, coros épicos – sem faltar a dissonância à Patton. Com isto chegamos ao metodicamente caótico Corpse Flower. - BF



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitמזמור - Cairn (Gilead)


Três anos depois do imponente Yodh, chega-nos o terceiro álbum deste one-man act. Doom-sludge-black-metal-drone-esque continua a não ser suficiente para descrever o que estes 57 minutos nos proporcionam. O primeiro e último temas do álbum exploram a sonoridade mais típica do blackened doom, enquanto "Cairn to God" e "Cairn to Suicide" nos apanham na curva, quando as suas vastas incursões pelo drone aparecem alternadas com uma ou outra descarga de blast beats e outros tantos apontamentos acústicos. Uma subtil invocação de Yob, Bell Witch e Sunn O))). Pura catarse (artwork incluído). - AT



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitMonolord - No Comfort (Relapse)


No Comfort precipita-se enquanto experiência auditiva de sedação semelhante à de uma raposa e faróis. É a sedução do stoner com uma crosta dura de sludge, com riffs de temperamento instável e aqueles solos enfáticos que vêm dar aquela lambidela de cor que faz falta. O disco vai ganhando andamento diretamente para a ressublimação, ao comando de uma voz gargarejante que vem de longe. O ronronar da distorção e a bateria prepotente vão-se apressando para engendrar algo semelhante a uma besta mecânica, brutal mas inofensiva. - BF



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitMoon Duo - Stars Are The Light (Sacred Bones)


Ao sétimo álbum de originais, eis que Moon Duo oferecem ao seu público aquele que poderá facilmente ser considerado o seu melhor álbum, so far. Em exatamente oito faixas, é possível escutar quer a influência de Sonic Boom (antigo integrante dos Spaceman 3), quer o caminho psicadélico e groovy que as anteriores andanças da banda, de certa forma, já percorriam. Atmosfericamente consistente, mas sem tanta coerência que reduza a audição a um exercício monótono, Stars Are The Light não desilude, mas também não sobressalta. - IC



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitNightfell - A Sanity Deranged (20 Buck Spin)


Nunca o termo “underrated” se perfilou tão fortemente numa banda como Nightfell. Composto por Todd Burdette (Tragedy) e Tim Call (Mournful Congregation), é seguro dizer que apesar do projeto recente, a dupla está calejada e já muito oleada. A especialidade de Nightfell passa por emoldurar o viscoso mas bélico death metal que muito bem relembra Bolt-Thrower, com soslaios de d-beat e neo-crust, com muito doom e muito Bathory. Com um sonoro ainda mais encorpado que os seus antecessores, A Sanity Deranged mostra-se maciço, massivo, lascivo e cavernoso perante uma lentidão cadente e venerável. Outro prodigioso lançamento da 20 Buck Spin. Abismal e ímpio. - JMA



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitNo One Knows What The Dead Think - No One Knows What The Dead Think (Willowtip)


São 20 minutos em dez faixas que emolduram um dos, se não o melhor, disco de grind de 2019. Implacável, urgente, impiedoso, abrasivo, tudo e mais alguma coisa. Seja pelos blast-beats sempre em bom critério nas transições, pelas guitarras frequentemente melódicas, ou o ponto de encontro em dualidade entre estas e a monstruosa tour-de-force vocal, a funcionalidade acaba por ficar em primeiro plano e a preservar uma espontaneidade em estado puro. É tudo isto mais a colisão do som que faz desta nova encarnação de membros de Discordance Axis e Kyosuke Nakano o disco de grind do ano a não perder! - JMA



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitParliament Owls - A Span Is All That We Can Boast (s/r)


Fresco, fofo e feroz. Um tridente descritivo que tenta (sem grande sucesso) encapsular em palavras e caracteres a sensação imediata de ouvir o novo trabalho de Parliament Owls. Claramente progressivos, abrangendo a totalidade do espectro que vai desde o cantarolar limpo ao growl duro, com um trabalho instrumental ao nível do que melhor se tem feito no género ultimamente. Destaque para os deliciosos riffs de guitarra, engenhosos tecidos melódicos que atestam destreza e criatividade em abundância. - PS



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitTemples - Hot Motion (ATO)


Entra a pontapear desde início com a homónima “Hot Motion”, a funcionar como tone-setter para aquilo que é um disco contagiante, um louvor à boa disposição – mesmo quando se fala de coisas sérias, como em “The Howl”. O temperamento geral de Hot Motion é de um som  alegremente analógico mas agitadamente moderno, generoso no ritmo e no groove, com fibra pop incontestável. A multiplicação de vozes em eco num coro eletrónico ressonante revolteia-se com o murmurar do sintetizador e do fuzz, dando-lhe volumes religiosos. A falha é só no timing: teria sabido ainda melhor ouvir este disco no verão. - BF



 

 

Primitive-Man-x-Hell-splitWolf Whistle - Private Hell (Triple B)


Composto por membros de Have Heart, The Rival Mob e outros alicerces da cena hardcore de Massachusetts, Wolf Whistle representa um culminar de influências a variar desde o noise rock, o grunge, o street punk e muito mais. Apesar de nunca ter sido levado a sério ao ponto de se tornar num projeto focal de cada um dos membros, a qualidade e as ideias estão lá. Private Hell é um resultado feliz, bem conseguido e repleto de momentos memoráveis, sangrentos e viscerais. Riffs a torto e a direito, com direito a secções de circle pits, pile-ups e singalongs. Tanto “Warm Blue Hell”, “Miles & Miles”, “Good Gods” ou “Pilgrims” podiam muito bem ter sido feitas por Helmet, Negative Approach ou até mesmo Karp. Chacina! - JMA



 

Artigo escrito por: Andreia Teixeira (AT), Beatriz Fontes (BF), Inês Calçôa (IC), João "Mislow" Almeida (JMA), João Rocha (JR) e Pedro Sarmento (PS).
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