
O Mucho Flow regressa mais uma vez à cidade de Guimarães, voltando a medir o pulso à música este ano a 7 de outubro. O festival vimaranense decorre, como habitual, no edifício do CAAA, Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura.
Para além da data, estão já anunciados os primeiros nomes, do rock alternativo ao hip-hop e electrónica. Horse Lords, Nadia Tehran, God Colony, Chinaskee & Os Camponeses e Scúru Fitchádu estarão então presentes na 5ª edição do festival.
O festival é promovido e organizado pela Revolve e os bilhetes (ainda sem preço anunciado) estarão à venda em breve.
Nadia Tehran é protesto em forma de hip-hop, é uma voz revolucionária contra ideais políticos e culturais opressivos. Nascida na Suécia, mas com raízes no Irão, Nadia combina os beats fortes da electrónica nórdica com influências do Médio Oriente, sempre com letras provocativas e energia furiosa.
A sonoridade dos Horse Lords é cocktail que leva rock, jazz, minimalismo clássico e mistura-lhe uma infusão de sons tradicionais Indianos e Árabes, tudo assente em experimentalismo no seu estado mais puro. É uma fusão que pode ser difícil de abordar, mas fascinante de se explorar. Com “Interventions” (2016) a receber rasgados elogios da crítica, é com grande antecipação que se aguarda que este quarteto de Baltimore pise o palco.
Vindos de Londres, o duo GOD COLONY apresenta uma electrónica crua e industrial, que oscila entre um ambiente mais atmosférico, com batidas mais lentas, e um som mais acelerado, com influências de hip-hop. O EP “Where We Were” (2017) junta-lhe o hip-hop de Flohio e StashMarina, que dão letras e voz à batida, numa combinação que resulta numa sonoridade marcadamente urbana.
CHINASKEE & OS CAMPONESES é um projecto de Miguel Gomes que nos traz um lo-fi com laivos de dream pop, indo buscar inspiração a Tame Impala ou Arctic Monkeyspara recriar um som reminiscente duma adolescência ainda a ser vivida e sonhada. Com letras introspectivas e melancólicas, Chinaskee ganha uma vida nova em palco, com performances enérgicas e vibrantes. Estarão a apresentar o disco de estreia "Malmequeres" com edição Revolve agendada para meados de Setembro.
SCÚRU FITCHÁDU, do criolo Escuro Cerrado ou Denso, é uma encruzilhada entre as linhas de baixo distorcidas, as baterias aceleradas, o noise e a concertina/ferro. Projecto mais recente do produtor Sette Sujidade, desbrava novas linguagens entre a tradição do funaná caboverdiano e a fúria do punk. O resultado é, por isto tudo, complicado, distinto, invulgar e sujo e tem tomado em assaltos de pancada o universo da música nacional. Tocam pela primeira vez em Guimarães.