
Começava assim uma noite que prometia trazer de volta à noite flaviense os bons velhos tempos em que se realizavam concertos de metal assiduamente nesta região. À medida que nos aproximávamos do local, conseguíamos ouvir os primeiros riffs da banda que viria a abrir o festival, os Damage My God.
No exterior do edifício encontravam-se membros da organização, assim como alguns interessados que se encontravam sentados à espera do grande momento de abertura das portas.
Para fazer justiça ao nome do evento (Chaves Underground), à medida que descíamos as escadas dava para perceber que nos situávamos dentro das caves do edifício que se encontrava por cima de nós, o que, apesar do tamanho considerável do espaço, proporcionava um ambiente acolhedor.
Com as primeiras notas de Damage My God, os portuenses demonstraram claramente que estavam sem vergonhas, com o seu death metal bem sonante, não se sentindo intimidados com o facto de ainda se encontrar um pequeno número de pessoas no local. Estando sempre em grande interação com o público, como é característico neste tipo de bandas, tivemos direito a ouvir temas originais do EP Psychotic Truth, assim como um cover dos Bloodbath, banda com ex integrantes de Opeth e Katatonia.
De seguida foi a vez dos nossos vizinhos espanhóis Acid Proyect mostrarem o que de melhor se faz nas terras de nuestros hermanos. Com um metal alternativo, a banda originaria de Ourense fazia a sua primeira estreia fora de Espanha e mostraram-se bastante felizes com a receptividade do público ali presente. Apesar do seu baterista se encontrar doente, conseguiram apresentar grandes temas originais do seu CD Where´s your God now? e até um cover de Alice in Chains.
Coube aos Skinning encerrar o primeiro dia do Chaves Underground. A banda oriunda de Guimarães, que apesar de ser constituída por três elementos, não podemos subestimar a força do seu death metal duro e de extrema qualidade. Já de madrugada, proporcionaram aos espectadores mais resistentes temas como Cerebral Mutilation com o vocalista Vítor Lopes a incentivar o público e a proporcionar momentos de boa música, mostrando-nos realmente o porque de continuar a assistir a um grande concerto.