5
TER
6
QUA
7
QUI
8
SEX
9
SAB
10
DOM
11
SEG
12
TER
13
QUA
14
QUI
15
SEX
16
SAB
17
DOM
18
SEG
19
TER
20
QUA
21
QUI
22
SEX
23
SAB
24
DOM
25
SEG
26
TER
27
QUA
28
QUI
29
SEX
30
SAB
31
DOM
1
DOM
2
SEG
3
TER
4
QUA
5
QUI

Knower - Hard Club, Porto [10Jul2018] - Quando o groove é real

17 de Julho, 2018 ReportagensGoncalo Tavares

Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr
Hard Club

Mad Cool Festival 2018 [12-14Jul]

Emmure - Hard Club, Porto [3Jul2018] Texto + Fotos
Há duas ideias-chave a reter do concerto dos Knower, que certamente impingiu o público a aparecer no Hard Club e que são um motivo de infelicidade para quem não os conhece: 1 - eles não se levam a sério. 2 - têm um dos melhores grooves que ouvimos este ano, que entra na pele e chocalha o corpo.

As duas tornam-se evidentes logo no início. Louis Cole, baterista e um dos mentores, põe-se de braços estendidos como uma estrela enquanto o resto da banda se prepara. No final da gag, arrancam com "Time Traveler". O primeiro estalo é o da bateria: absolutamente selvagem. Parece que está a ser tocada num estúdio ao nosso lado. Juntam-se sintetizadores ritmados, uma escala a subir em expectativa, o acompanhamento matador de Sam Wilkes (este baixista é um concerto só por si!) e a voz de Genevieve Artadi. A única falha a apontar é o facto desta estar baixa em alguns momentos, engolida pela força do instrumental, mas não ao ponto de comprometer o espectáculo.

Durante uma parte substancial do set, esta sensação física, impregnada no público, bastou por si, como nos momentos endémicos / EDMicos de "Butts T**s Money" e "Lose My Mind". Mesmo nas “slow songs” (palavras de Louis Cole) assistimos a esta espantosa transformação da electrónica do álbum (Life) numa música palpável, interativa, como em "Hanging On", com a voz da vocalista a encontrar-se com a da audiência.

A música falou muito por si, mas não o suficiente pelos Knower, que parecem ter a necessidade de se expressar de outras formas. O solo do baterista fez-lo levantar-se e atirar a baqueta para um prato a 4 metros de distância; numa performance sem banda, por cima de um conjunto de loops, ele canta e experimenta um falsetto longe do seu registo; na intervenção para apresentar os músicos o segundo teclista faz malabarismo com maçãs. No clímax desta disposição houve uma coreografia de Genevieve e Louis, síncronos no centro do palco, num momento de delícia pop.

O “não levar a sério” dos Knower, independentemente do fundamento, é sério. Torna ativamente o concerto numa oportunidade de brincadeira, e reflete-se no à vontade do público, que não precisa de ser puxado para interagir. A única frase que a vocalista sabia dizer em português, uma obscenidade, foi pedida em repetição.

Ainda desconhecidos por estas bandas, não impediu que não se sentissem em casa (outra vez, palavras de L. Cole). A prestação foi uma partilha, que terminou com os músicos na plateia a conversar com a audiência que se deixou ficar. Antes disso ainda ouvimos o hit "Overtime", onde os ingredientes musicais dos Knower são misturados com a máxima eficácia. No encore que se seguiu ("One Hope") ainda tínhamos o corpo a recuperar.

Os Knower deram-nos uma bomba de energia e, enquanto se divertiam, um grande, grande concerto.


Fotografia gentilmente cedida por André Matias.
por
em Reportagens
Bandas Knower

Knower - Hard Club, Porto [10Jul2018] - Quando o groove é real
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?