25
SEG
26
TER
27
QUA
28
QUI
29
SEX
30
SAB
1
DOM
2
SEG
3
TER
4
QUA
5
QUI
6
SEX
7
SAB
8
DOM
9
SEG
10
TER
11
QUA
12
QUI
13
SEX
14
SAB
15
DOM
16
SEG
17
TER
18
QUA
19
QUI
20
SEX
21
SAB
22
DOM
23
SEG
24
TER
25
QUA

Kristonfest 2022 [14Mai] Texto + Fotos

15 de Junho, 2022 ReportagensBruno Pereira

Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr

NOS Primavera Sound 2022 - Dia 1 [9Jun] Texto + Fotos

Deafkids + Clementine – ADAO, Barreiro [3Jun2022] Texto + Fotos
Com a avalanche de eventos ao a vivo de volta, regressou também a Madrid o Kristonfest – festival importantíssimo na cena stoner no nosso país vizinho. Para compensar a espera, muito à semelhança de outros festivais Europa fora, a aposta deste passou por apresentar um alinhamento distribuído em dois fins de semana. O primeiro levou à Sala Mon os suecos Witchcraft, os franceses Slift e os conterrâneos Atavismo. Para a segunda parte estava reservado um alinhamento ainda mais especial, juntando na mesma noite duas digressões incontornáveis.

Escalados para arrancar a noite estiveram os noruegueses Slomosa, naquele que seria o seu concerto de estreia em Espanha, sendo neste momento uma das bandas que mais dá que falar na cena stoner europeia. Tendo lançado o seu primeiro disco muito pouco tempo antes da pandemia começar, foi durante esta que o disco se foi consolidando entre o público, primando pela sua maturidade sónica, apesar da idade ainda jovem dos seus membros.

Foi então com o regresso dos eventos que a banda pôde finalmente começar apresentar ao vivo o seu disco homónimo e neste fim de tarde em Madrid, o público rapidamente se acercou do palco aos primeiros acordes, incluindo Nick Oliveri, que não se inibiu de aparecer na primeira fila do concerto, demonstrando um apoio quase paternal à banda com que andava em tour nas últimas semanas. Sempre bastante enérgicos, os Slomosa agarraram o público por completo e mostraram que temas como “In My Mind Desert”, “There’s Nothing New Under The Sun”, “Kevin” e “Horses” funcionam tão bem ao vivo como soam em disco. Estes miúdos vão marcar certamente esta década na cena stoner.

Slomosa

Num ápice os Stöner apareceram em palco e, aproveitando o entusiasmo deixado pelos Slomosa, apanharam o público no ponto ideal para uma verdadeira celebração. Os históricos Brant Bjork e Nick Oliveri juntam-se neste projeto ao baterista Ryan Gut e, apesar de algum ceticismo geral em relação aos trabalhos de estúdio (recorde-se que a banda conta já com dois discos editados), em palco mostram verdadeiramente o que é suposto Stoner representar: tudo se pode resumir à atmosfera.

A banda consegue em palco recriar a atmosfera sónica tão característica da era Kyuss mas sem com isso soar a cópia, chegando até a ser arrepiante para qualquer fã do género a densidade, potência e ao mesmo tempo a cristalinidade daquele baixo. Estes criam assim uma simbiose perfeita entre os riffs de guitarra relaxantes de Brant Bjork, quase ao estilo Jalamanta, com a agressividade característica do baixo de Oliveri (exemplo claro em "Evil Never Dies"), conseguindo-o com um estilo coerente e epicamente executado. Dito isto, a inovação aqui pouco importa, este projecto representa uma verdadeira antologia do stoner rock e não há ninguém melhor que estes dois vultos para a concretizar.

Para o fim ficaria uma surpresa para grande parte da plateia, quando se ouvem os primeiros acordes de “Gardenia”, clássico tema dos Kyuss, tocado juntamente com a incontornável “Green Machine”. O público, já bem entuasiasmado, passou para um estado de ebulição completa, terminando assim o espetáculo de forma apoteótica.

Stöner

Após o êxtase deixado pelos Stoner, as suecas Maidavale apareceram um pouco deslocadas no alinhamento. Se por um lado acabou por funcionar na perfeição a sequência de Slomosa e Stoner, Maidavale tiveram apenas meia hora disponível para tocar e acabaram por soar a uma espécie de sorvete de limão, marcando um interlúdio entre Stoner e Earthless. Num ritmo bem tribal, iniciaram a toada psicadélica da noite e permitiram que o público descansasse um pouco da intensidade dos concertos anteriores.

Para o fim estavam guardados os norte-americanos Earthless que regressavam depois da atuação no festival em 2019. Já com novo trabalho desde então, Isaiah Mitchell e companhia não se fizeram rogados e tocaram “Night Parade of One Hundred Demons” na sua totalidade e praticamente sem pausas. Sem tréguas, ofereceram um autêntico carrossel de riffs numa viagem transcendental ao cosmos. Não há pescoço que resista a este trio de San Diego, que mesmo sem revolucionar a fórmula, aperfeiçoa solos tântricos e ritmos incendiários. Uma autêntica máquina.

Após esta viagem transcendental, a viagem de volta a Portugal foi feita com o sentimento de coração cheio e sensação de um tempo muito bem passado na Sala Mon, neste que é um festival essencial na cena underground Ibérica e que conta sempre com a presença de algum público luso. Esperemos que a conjuntura permita a manutenção do Kristonfest. Os fãs certamente agradecem.

Earthless + MaidaVale
por
em Reportagens


Kristonfest 2022 [14Mai] Texto + Fotos
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?