29
SEX
30
SAB
1
DOM
2
SEG
3
TER
4
QUA
5
QUI
6
SEX
7
SAB
8
DOM
9
SEG
10
TER
11
QUA
12
QUI
13
SEX
14
SAB
15
DOM
16
SEG
17
TER
18
QUA
19
QUI
20
SEX
21
SAB
22
DOM
23
SEG
24
TER
25
QUA
26
QUI
27
SEX
28
SAB
29
DOM

Paul Jacobs - Galeria Zé dos Bois, Lisboa [16Nov]

28 de Novembro, 2018 ReportagensRafael Oliveira

Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr
Galeria Zé dos Bois

Festival Para Gente Sentada 2018 [16/17Nov] Texto + Fotos

Slayer - Palacio Vistalegre, Madrid [17Nov2018] Texto + Fotos
A uma sexta feira de inverno cerrado, Lisboa aparenta não perder qualquer tipo de oferta no que toca a destinos musicais. A Galeria Zé Dos Bóis demarcou-se, no entanto, como o local de passagem obrigatório para uma noite de ode ao garage/punk, e tendo em conta os soslaios de psychedelic, isto não é algo que se queira perder sob ânimo leve. Ainda por mais com os portuenses Fugly a abrir as hostes, para uma estreia absoluta de Paul Jacobs em território nacional.

Foi desde o início, que a presença de Fugly se mostrou contagiante e em constante débito de energia caótica. Um autêntico tornado com atitude punk, sem esquecer o piscar de olho ao garage e surf, bem de acordo com as temáticas do último álbum. É notória a demarcação de um ritmo frenético, com paragens entre temas praticamente inexistentes, e uma postura frontal sem merdas. O som com que nos presenteiam, é coeso, demolidor na rapidez, e brindado com uma textura distorcida embebida em fuzz e riffs pungentes. Não tiveram o público louco que mereciam, mas o movimento da multidão foi sempre proporcional ao escalar do concerto. Ninguém ficou indiferente à sua performance, portanto a antecipação a Paul Jacobs ficou pois claro, em boas mãos.

Chegada a hora do canadiano, a hesitação foi nula e a entrega foi instantânea. Seguindo o ritmo estabelecido pelos portugueses, Jacobs em modo maestro (a contar com este estão 7 músicos em palco), dá início ao seu concerto. A projeção da voz ecoa pela sala como um testemunho espectral. Inundado de reverb, o timbre salientou desde o arranque, o teor mais textural e espacial que se avizinhava. A prestação geral foi muito definida pelo papel de todo o conjunto de fundo. Executando pequenas partes que formulam o todo que se ouve, é notória a influência que cada instrumento impõe na construção da fotografia global.

Enquanto o garage é esbatido no punk, o corpo do som assume uma personalidade inconfundívelmente psychedelic, muito graças à presença de drum pads, teclas e efeitos que acompanham a grande banda e Paul. A voz guia e os instrumentos acompanham-na, numa simbiose que se perde numa ambiência impossível de ser anulada. A dinâmica é incansável, a banda vive disso, sempre a alternar entre as variadas influências que compõe a tela em palco. O público entrega-se muito facilmente a esta tecelagem de vários géneros que formam uma escultura sonora hipnótica, que se apega e mantém, como uma massa orgânica. Paul e a banda estão claramente conscientes desta receptividade, notando-se a intencionalidade em criar assim esta viagem colectiva, sem paragens e caracterizada pela diversidade sonora. Uma trip contínua de simbiose entre banda e público. Malhas como “The Basement”, “All I Need” e “Quarter to Eleven” são fortes comprovativos da viagem que apertou a ZdB nestas quase duas horas de festa e movimento.

A noite foi assim garantidamente esquentada e a estreia de Paul Jacobs e da sua trupe em Lisboa foi decididamente notória. Uma experiência digna de repetição quanto antes.

 



Fotografia gentilmente cedida por Luis Sousa.
por
em Reportagens
Bandas Fugly , Paul Jacobs

Paul Jacobs - Galeria Zé dos Bois, Lisboa [16Nov]
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?