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Rival Sons - Lisboa ao Vivo [28Jun2019] Texto + Fotos

02 de Julho, 2019 ReportagensJoão "Mislow" Almeida

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Lisboa Ao Vivo

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Estamos a falar dos mesmos Rival Sons que há três anos atrás estiveram no Rock in Rio Lisboa? Os que recentemente lançaram o discaço Feral Roots, que até teve direito a um lugar no Overall de janeiro? Parece que sim! Para celebrar os dez anos como banda e para promover esse mesmo disco, os americanos acharam por bem retornar finalmente a Portugal para uma data exclusiva em Lisboa. O reencontro ficou marcado para dia 28 de junho no Lisboa ao Vivo, para o público não só receber de braços abertos e com muita expectativa os californianos, como ainda aplaudir os portugueses Zanibar Aliens, que estariam presentes para abrir as hostes desta célebre noite.

A confirmação destes últimos pareceu agradar a algum do público, mas certamente que a banda não esperava tamanha receção ainda com o pôr-do-sol a iluminar o superior corpo da sala. Com um som maioritariamente imaculado e com uma performance digna dos grandes ídolos do quarteto, houve aplausos para distribuir em boa fé de todos os cantos da sala. É sempre bom ver-se o prazer de uma banda nacional a tocar para um público que aguarda uma banda de fora, e relembrar que ainda assim há coisas muito boas a fazer-se por cá. Ainda que a tocar para a sua própria cidade, a ovação bastou para criar alguma simbologia perante a memorável e bem entregue performance dos Zanibar Aliens. É sempre bom recordar que a banda lançou no passado dezembro o seu terceiro disco em nome próprio. Não há como ignorar.

Realmente, foi único o que se testemunhou em Rival Sons. Seria legítimo afirmar que já todos o aguardavam ou será a realidade bem mais bonita e espontânea, ao ponto de se respirar uma magia resplandecente e cerimoniosa desde a primeira à última música? No que toca ao ambiente criado pelo público, destacam-se as várias famílias presentes, com miúdos tão empolgados por esta hora e tal de música quanto os próprios pais. Um público que, tão teimosamente, não se deixava estagnar numa só faixa etária, observando-se pessoas de todas as idades a respirar este momento especial. O concerto arrancou ferozmente com “Back in the Woods” e “Sugar on the Bone”, do mais recente disco, e já com isso se viu um público em êxtase total pelos riffs, pela batida e pelo rock ’n’ roll puro e duro. A banda ainda recorreu a alguns throwbacks de discos passados como Pressure & Time, Great Western Valkyrie e Head Down, e foi deste último que dedicaram a “Jordan” num momento acústico: “If you lost someone, this song is for you. For when the monster gets just a little bigger”. Um momento triste mas esperançoso e bonito.

“Pressure and Time” ajudou a recriar um dos momentos mais memoráveis da noite, com o público a repetir e a cantar os coros da música até minutos depois da banda a ter acabado de tocar. Por este momento, já Rival Sons questionam o porquê da demora a regressar. Com uma receção destas, é realmente difícil entender.  Em contraste, ressoa o caos e a vitalidade de malhas com o aumento da amperagem em “Electric Man”, no single “Too Bad” e na opener do último disco “Do Your Worst” a fechar o palco. Com tanto aplauso e ânsia por muito mais, a banda voltou atrás e retribuiu a apreciação num encore com “Keep On Swinging” e “Do Your Worst” a encerrar esta incrível noite.

Com swagger destemido, destilação total, colónia a evaporar e o cabedal a sucumbir ao suor, pintou-se a sala com uma volatilidade contagiosa e num culminar épico de uma atmosfera realmente única e elétrica. Para os mais céticos da banda, caso os haja depois disto, Rival Sons relembra-nos faixa após faixa, evitando trips nostálgicas e escrevendo uma história somente sua, o porquê de todos neste presente momento terem começado a ouvir rock ‘n’ roll. Na verdade, tocando e transmitindo assim tudo o que pelo corpo passa, talvez a última coisa que fique depois do fim do mundo seja mesmo isto: a alma. A vitalidade destes californianos percorre lado a lado com esta interminável maré de sorrisos e movimentos, numa espiritualidade que liga um fio condutor entre gerações e gerações. A isso se chama ser universal.

Rival Sons
por
em Reportagens
fotografia Bruno Pereira


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