
Foi num domingo frio e chuvoso que os Symphony X regressaram, pela terceira vez em cinco anos após a sua última passagem por Portugal, desta feita para uma data única em Lisboa, mais propriamente no Paradise Garage. E se há 5 anos, em Almada, o tempo não estava muito famoso, este ano também não foi exceção. No entanto, não foi isso que impediu a sala lisboeta de encher.
Chegamos à sala às 21h, entrando pouco tempo depois, mas já a primeira banda (Melted Space) tinha atuado. Desconhecíamos o facto de que os horários se tinham alterado e regimo-nos pelo que estava no bilhete, onde constava que os concertos começariam às 21h e não às 20h30.
No preciso momento em que nos posicionamos na sala, os Myrath sobem ao palco para mostrar ao público português que na Tunísia também se faz bom Rock, ou Metal. Com fortes influências orientais na sua música, o quinteto fez do curto concerto uma amostra do seu reportório mais recente, destacando Legacy, o seu último álbum, lançado já este ano. Os singles “Believer” e “Merciless Times”, que encerrou o concerto, tal como “Wide Shut” (também de Tales Of The Sands), foram fortemente entoados pelo público presente, o que provou que estes Myrath não são um fenómeno desconhecido em Portugal. A banda demonstrou um enorme à vontade em palco, espalhando sorrisos pelo Garage, acompanhados por uma interação experiente com o público: foram frequentes as tentativas de Zaher Zorgatti (vocalista) em falar português e a incitar os presentes aos “hey!” típicos nos concertos do género. Destaque também para a presença da dançarina portuguesa Kahina, convidada pela banda para “apimentar” duas músicas do alinhamento.
Um bom concerto que se revelou numa passagem vitoriosa pelo nosso país no dia em que a esposa de Zaher fazia anos. A prenda foi entregue tanto a nós (público português) como à feliz contemplada, e no final dos concertos era vermos todos os elementos da banda a falar e a tirar fotografias com os fãs. Bela atitude.