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The Comet is Coming - Hard Club, Porto [16Out2019]

17 de Outubro, 2019 ReportagensJoão Rocha

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Hard Club

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O dilúvio que atingiu a cidade do Porto na passada quarta-feira agoirava a chegada de uma força estranha no ecossistema da cidade. Mas depois ficou toda a gente mais descansada, era só The Comet is Coming!

A banda londrina subiu ao palco da sala maior do Hard Club a 16 de outubro de 2019, e consigo trouxeram não um, mas dois álbuns. Trust in the Lifeforce of the Deep Mistery lançado no início deste ano, e o fresquíssimo The Afterlife. Esporos de um cometa. Pouco passava das nove e meia quando apareceram e foram recebidos com uma pequena ovação. Sem palavras, Dan (Danalogue), Max (Betamax) e Shabaka Hutchings (King Shabaka) atiraram-se aos respetivos instrumentos e nunca mais pararam, num concerto que se prolongou por praticamente duas horas. E que senhor concerto…

Com uma plateia bem composta, que permitiu o bom respirar e o bom dançar, o trio tocou essencialmente músicas dos seus dois últimos trabalhos. Surpreendentemente, e tratando-se do Hard Club, é mesmo uma grande surpresa: logo na primeira música conseguimos perceber que a acústica estava on point, prenúncio de um soundcheck bem feito e de músicos exímios e exigentes. Se em álbum já se conhecia essa faceta da banda, ao vivo foram totalmente arrebatadores. Cada uma das músicas tornou-se mais corpulenta e sonora, provocando estupefação (e profunda admiração) em momentos como “Blood of The Past”, que despido da participação vocal de Kate Tempest ganhou contornos sonoros por cada um dos instrumentos. Aliás, cada uma das músicas tocadas foi injetada com novas texturas de forma a ficarem bem bombadas em jeito Prozis, existindo também uma dinâmica de improviso entre os três que era comunicada através de simples olhares que trocavam entre si.

Em cima do palco, Danalogue estava a viver o momento da sua vida. Debruçado sobre os seus teclados, deu à componente eletrónica o destaque da noite. Muitas vezes seu viu a delirar com os seus próprios sons, assim como a progressivamente ir perdendo as calças de tanto saltar, ou a lesionar-se de cansaço tal era a entrega à sua música e à gula de energia emanada pelo público. Betamax marcou o compasso do concerto, exceto quando teve direito a um solo e demonstrou todo o poderio da sua bateria. A sua função era fazer o elo entre a componente electrónica e o saxofone, este nas mãos de King Shabaka. Já conhecido como o furacão dos Sons of Kemet (que este ano incendiaram o NOS Primavera Sound), e descalço em palco, o músico britânico não desiludiu, se bem que num registo muito mais tímido. Cada entrada do saxofone era efetuada no momento certo, ao tom certo, e com a intensidade certa. Não efusivo, a pular e a extasiar, mas a entregar-se totalmente ao concerto e suar cada uma das notas que tocou. Como agradecimento, foram várias as vezes em que ofereceu o seu sorriso aberto para com a plateia que o venerava.

As primeiras palavras só surgiram praticamente no fim do concerto. Danalogue foi o único a quem se ouviu a voz, para apresentar a banda e agradecer a presença da multidão (para além de uma crítica às idiossincrasias da sociedade), mas ficou o sentimento de que o concerto foi passado em conversa com a banda. O diálogo aconteceu toda a noite através da música. Viu-se uma sala inteira a dançar e uma banda a dar tudo de si para fazer acontecer o melhor concerto possível. Com um ar de tremenda gratidão estampado na cara pela paleta humana que tinham na sua frente, e pós-encore, The Comet is Coming saíram de palco em plena ovação e seguiram a sua viagem pelo céu nacional até Lisboa, onde hoje sobem ao palco no Lux Frágil.
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