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The Horrors - Lisboa ao Vivo [10Dez2017] Texto + Fotos

19 de Dezembro, 2017 ReportagensDiogo Alexandre

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Lisboa Ao Vivo

Nick Oliveri - Cave 45, Porto + Penafiel [21/22Dez2017] Foto-reportagem

Napalm Death - Hard Club, Porto [10Dez2017] Foto-reportagem
Um mau soudcheck e falta de entusiasmo foi o que se pôde verificar por entre a massa líquida que caía copiosamente durante a actuação dos argentinos sediados na Alemanha Mueran Hermanos. Meia hora de alinhamento que percorreu Miseress e algumas novas faixas sonicamente aprazíveis que serviram para apresentar um futuro registo do duo de Pós-punk/Darkwave. O entusiasmo era escasso tanto por parte do público presente como por parte da banda que debitava tema após tema sem parecer saber muito bem o que ali estava a fazer, demonstrando visivelmente o cansaço que uma tourné algo longa provoca nos músicos. A culminar toda esta intempérie tanto meteorológica como emocional deu-se uma falha de electricidade em palco, o que fez com que o conjunto tivesse que encurtar o seu alinhamento e terminar logo de seguida. Referência a Shakespeare, feedback final, concerto terminado.

O preenchimento do espaço em vácuo sente-se à medida que se encarquilham os minutos, até que cinco minutos depois das vinte-e-duas horas a massa relativamente bem composta de público presente recebe o quinteto britânico encabeçado por Faris Badwan. Imagem renovada tanto ao vivo como em modo estúdio. Apesar de apostarem numa estética artística aproveitada sobretudo em projectos primordiais de vaporwave - quando o subgénero ainda não era trendy e não apresentava a secura que o caracteriza nos dias que correm – (ou resgatada por movimentos de cariz popular como o sadtrap), não vemos em que é que isso esteja relacionado com o semi-chillwave que os Horrors vão praticando em V: um produto que se serve de uma imagem trendy a fim de o escoar melhor (aconteceu algo de semelhante com Relaxer dos alt-J). Simples. Os The Horrors que conquistaram o mundo com a sua pose introvertida espelhando a sua habitual internal rage/sadness desapareceram, estimulando agora uma postura mais centrada no seu vocalista, que se apresentou em full leather mode, agitando-se como nunca antes visto, favorecendo a performance live em detrimento da música praticada. Os gloriosos tempos de Primary Colours já lá vão e bastou o espectáculo começar para o entendermos. “Hologram” encabeça o set, ganhando mais potencial ao vivo do que em estúdio, porém insuficiente para surtir algum tipo de efeito desequilibrado na nossa locomoção motora nem mesmo com o seu trecho final mais descontrolado. Mais uma vez é de se destacar a destreza, efeito, energia com que o quinteto se movimenta em palco. “Who Can Say” é despejada ao dobro da velocidade: progressivo despertar da plateia. Eles que, de resto, mantiveram a rapidez das faixas pré-2012. “Sea Within The Sea” é tocada precisamente a meio do repertório e sofre pela sua celeridade. Destaque para o momento durante “Press Enter To Exit” em que Faris sai do palco e se desloca à mesa de som a fim de resolver atritos sonoros em palco. “Endless Blue” reaviva-nos, após dupla de canções pouco memoráveis, para posteriormente colmatar o alinhamento regular com “Still Life”, tema mais festejado do grupo até ao presente, algo que se traduziu dentro mesmo do próprio Lisboa Ao Vivo.

Um grupo na plateia exclama “sheena is a parasite!”, aludindo aos rebeldes tempos de Strange House, disco de garage bafado por uma crueza gótica, do já remoto ano de 2007. Badwan questiona rectoricamente sobre quem são os loucos que gritam por essa canção certamente não ensaiada. Apoiamos conscientemente o grupo de rapazes de modo silencioso. Em troca somos enfardados com mais duas faixas de V a encerrar o concerto. Sendo que coube a “Something To Remember Me By”, derradeiro single do registo, as honras de encerramento de um concerto que nos pareceu curto na sua duração e prazer.

Sem desgostarmos totalmente do mote iniciado por Luminous e estando este seu quinto registo ligeiramente mais bem conseguido dentro dessa toada mais pop, quer-nos parecer que ainda há um longo trabalho criativo por percorrer por parte do quinteto britânico. O futuro não se revela luminoso.

The Horrors e Mueran Humanos
por
em Reportagens
fotografia Inês Leal


The Horrors - Lisboa ao Vivo [10Dez2017] Texto + Fotos
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