O ex-músico dos Girls, Christopher Owens, já não é desconhecido nos álbuns a solo. Em 2013 estreou-se com Lysandre um álbum interessante mas que não trazia nada de novo excepto um grande número de instrumentos envolvidos que acabou certamente por nem agradar ao próprio Owens que lançou posteriormente a versão acústica do álbum.
Há, no entanto, algumas músicas com uma construção musical interessante, como "Nothing More Than Everything To Me" - das poucas músicas boas música do álbum, o que mostra uma excelente aposta do músico pela escolha para o primeiro avanço (oficial) do que viria a ser o seu segundo trabalho de estúdio - e a música de abertura "My Troubled Art" (à excepção dos coros deploráveis que a finalizam). Há também uma exploração do country interessante em "Never See That Look Again" e uma atitude parecida à do Peter Doherty na voz de "Key To My Heart", mas que acaba por não ser uma fórmula muito inovadora. "A Heart Akin The Wind" também mostra uma sonoridade bonita e fofa, mas sem uma essência que lhe traga o rótulo de boa música.
São assim difíceis de encontrar, ao longo do streaming do álbum músicas boas e que nos façam querer ouvir o álbum mais do que meia dúzia de vezes. E se o primeiro single de avanço se destacava pela interessante construção musical, já de "Nobody's Business" não se pode dizer o mesmo. É um single chato e aborrecido que só muda a monotonia cerca de 20 segundos antes da música acabar. Mas se for para falar em músicas monótonas podemos também juntar "Over And Above Myself", o início de "Oh My Love", todos os dois minutos e trinta e nove segundos de "Stephen" e "I Jus't Can't Live Without You".
A New Testament é um mau álbum, e um mau trabalho. Muito pouco do que se ouve ao longo do álbum é interessante a menos que se precise de bandas sonoras para animar a festa do Natal lá de casa, ou de músicas para interpretar em coro no grupo musical da escola. Parece que ao segundo álbum nem o "cabelo sujo" se Owens lhe valeu.