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Pyramids - A Northern Meadow

Pyramids - A Northern Meadow - 2015
Review
Pyramids A Northern Meadow | 2015
Rafael Trindade 13 de Maio, 2015
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Com o disco de estreia homónimo, os Pyramids mostraram-se como uma banda promissora de sonoridades abismais e de densidades altamente melancólicas. O que faltava a Pyramids era ser arrojado e sair da sua zona de conforto, e eis que o próximo passo que a banda norte-americana dá é o mais lógico possível, exceto que superou completamente as expectativas.

Entremos em A Northern Meadow como quem caminha num dia cinzento e escuro pelo negrume de uma floresta repleta de árvores caducas e de tantos outros elementos que simbolizem escuridão e necrofilia. Se o homónimo era fechado em si mesmo, então A Northern Meadow é a claustrofobia completa. Significativamente mais depressivo que o seu predecessor, o segundo disco dos Pyramids é uma autêntica caixa de surpresas no interior da qual vários tons podem ser observados, embora todos eles neutros.

Ouvimos black metal aqui, testemunhamos um pós rock ali. Há música experimental acolá e deparamo-nos com um shoegaze emocional ao fundo da esquina. Encontramos uns drones num cruzamento e finalmente há música industrial do outro lado do pântano. Todo este caminho mórbido começa com “In Perfect Stillness, I’ve Only Found Sorrow”, que é tão melancólica quanto o título sugere. Desde o momento em que A Northern Meadow começa até ao momento de encerramento que se mantém consistente e constantemente diverso.

Poderíamos generalizar o som da banda ao dizermos que temos um tipo com uma voz extremamente semelhante à de um Thom Yorke a cantar por cima das guitarradas mais melancolicamente metal de 2015 e contra ritmos de bateria executados sem misericórdia, sem hesitações, sem dó nem piedade. Mas enfim, A Northern Meadow acaba por ser muito mais que isso. São as composições ricas de temas como “I Am So Sorry, Goodbye”, o colossal peso do mundo num mero par de ouvidos em “The Earth Melts Into Red Gashes Like The Mouths Of Whales” e o clímax inconcebivelmente mágico da extensa “Indigo Birds” que moldam o segundo disco dos Pyramids e que fazem deste um disco essencial para quaisquer auto-proclamados fãs de música pesada em 2015.

O céu que é o catálogo discográfico dos Pyramids encontra-se agora num estado à beira do excessivamente acinzentado, quase como que os gladiadores de Lúcifer tivessem feito do nosso teto atmosférico o seu palco de batalhas internas e de treinos intensivos de preparação para a grande guerra e primeira tentativa de aniquilação d’Ele, o todo-poderoso Criador. Conseguiram destronar Deus? Ainda não, se bem que o próprio já transpira por toda a parte e já começa a sentir-se um tanto ou quanto preocupado.
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