7
QUI
8
SEX
9
SAB
10
DOM
11
SEG
12
TER
13
QUA
14
QUI
15
SEX
16
SAB
17
DOM
18
SEG
19
TER
20
QUA
21
QUI
22
SEX
23
SAB
24
DOM
25
SEG
26
TER
27
QUA
28
QUI
29
SEX
30
SAB
31
DOM
1
DOM
2
SEG
3
TER
4
QUA
5
QUI
6
SEX
7
SAB

The Ocean - Phanerozoic I: Palaeozoic

The Ocean - Phanerozoic I: Palaeozoic - 2018
Review
The Ocean Phanerozoic I: Palaeozoic | 2018
Pedro Sarmento 22 de Novembro, 2018
Partilhar no Facebook Partilhar no Google+ Partilhar no Twitter Partilhar no Tumblr

Portrayal of Guilt - Let Pain Be Your Guide

Amnesia Scanner - Another Life
Longos cinco anos se arrastaram entre a explosão do colossal Pelagial lançado via Metal Blade Records, e a notícia de que os The Ocean iriam lançar novo material discográfico. A expectativa cresce e atinge níveis pouco saudáveis quando se descobre que o novo álbum se posicionará, cronológica e musicalmente, entre o revolucionário Precambrian de 2007 e a dupla divina de Heliocentric e Anthropocentric de 2010. Em termos de conceito, o coletivo alemão íntegra em Phanerozoic I: Paleaozoic a primeira parte de 500 milhões de evolução da geologia terrestre, abrangendo o surgimento e desenvolvimento da vida animal e plantas, contendo também em si, cinco extinções em massa. Com várias mudanças no line-up ao longo da sua existência, a banda mantém, contudo, o seu mais importante cérebro criador, Robin Staps, e a sua voz de referência, Loïc Rossetti.

“The Cambrian Explosion” é o porto de entrada do álbum e os primeiros momentos de audição catapultam-nos dez anos para o passado. A nostalgia do leitmotif pianístico é enorme (ainda que esteja transposto) e é inevitável sorrir instintivamente com a referência. Rapidamente se segue “Cambrian II: Eternal Recurrence” e a sintonia continua, trazendo laivos de Pelagial e embalo oceânico. A voz de Loïc continua o que sempre foi: um doce contraste entre o sotaque carregado, o growl cheio e o clean rasgado, cheio de inflexões especiais. Passada a primeira parte de poder e pujança, com direito inclusivamente a um inovador blast beat, a faixa termina num maravilhoso coro progressivo comandado pelo mesmo leitmotif que fecha Precambrian em “Cryogeninan”.

Seguem-se “Ordovicium: The Glaciation of Gondwana” e “Sirulian: Age of Sea Scorpions” e o mote conceptual é a aparição das primeiras espécies na Terra. Aqui não há piedade e partimos embalados em velocidade de cruzeiro. Na primeira das duas há que destacar uma vez mais a versatilidade do vocalista e a intrusão entre harmonia e ritmo, este último liderado pela máquina rítmica que é Paul Seidel. “Silurian” abre com um riff cheio de groove e é quase possível sentir nas ondas de áudio o fervilhar da vida, o nascer das primeiras espécies. Fantásticos motivos guitarristicos, intermezzo com direito a corridas de piano cromático, orquestração digna de concert hall clássico, e final pujante, com novo riff, qual grito de guerra, a surgir no lado esquerdo da audição, rapidamente fundido com uns sopros majestosos.

A par de “Cambrian II”, também “Devonian: Nascent” e “Permian: The Great Dying”, respectivamente faixas cinco e sete do álbum, foram disponibilizadas previamente pela banda. A primeira conta com a participação vocal de Jonas Renkse (Katatonia) e o contributo é fantástico. Após um interlúdio instrumental sublime, o cantarolar sueco mergulha-nos num ambiente repleto de sentimentos Opethianos que só os nórdicos conseguem imprimir. A condução é assim feita até que a ele se junta Loïc e todo o inferno se liberta. Uma aposta segura de headbang para futuros concertos da banda, o terço final da faixa transmite-nos a sensação de que vamos chocar com algo, de que vamos desaparecer, de que nos vamos extinguir. A ponte para “Permian” é feita por “The Carboniferous Rainforest Collapse”, instrumental certinha e eficaz, mas de longe o esforço mais mortiço do disco. Finalmente: “Eyes on the water / Between the continents” é gritado a plenos pulmões movidos por medo genuíno. A frase da guitarra é típica do grupo, com acentuação marcada e mudanças de nota em local inusitado. É essencialmente uma faixa melancólica a partir dos quatro minutos: sabemos para o que viemos, sabemos que viemos para escutar a grande morte, a grande extinção. O tema termina com níveis de distorção tão elevados que roçam o descuido, mas sabemos que é propositado. É a porta que se deixa entreaberta para a segunda parte desta viagem (espera-se que atraque em 2020). Que venha rapidamente!

 

Nota: Este autor utiliza o Antigo Acordo Ortográfico.
por
em Reviews
Bandas The Ocean

The Ocean - Phanerozoic I: Palaeozoic
Queres receber novidades?
Comentários
Contactos
WAV | 2023
Facebook WAV Twitter WAV Youtube WAV Flickr WAV RSS WAV
SSL
Wildcard SSL Certificates
Queres receber novidades?